E já temos um grande finalista definido. Depois de uma partida extremamente emocionante, a The Union venceu a RED Canids por 2-1, com direito a virada. Além dessa grande partida, a Vivo Keyd Stars avançou de etapa, vencendo a TropiCaos. Com isso, a decisão para a grande final está bem perto, definindo entre a RED Canids e Vivo Keyd Stars.
Vivo Keyd Stars x TropiCaos – Os Guerreiros são implacáveis e seguem vivos
Pleets após o jogo, conversando com os casters do VCT – Fonte: Divulgação/VALORANT Esports Brasil
O dia começou com decisão na chave inferior, entre a Vivo Keyd Stars e TropiCaos. Ambas as equipes estavam seguindo com uma jornada extremamente exaustiva, jogando dia após dia. No fim, a VKS saiu vitoriosa, por 2-0, mas com mapas bem longos.
Na Haven, vimos duas metades bem parecidas. Começando no lado defensivo, a VKS mostrou um jogo bem inteligente. Sabendo da força do ataque, a equipe estava fazendo avanços e abusando da agressividade. Com isso, eles fecharam a primeira metade por 8-4.
Quando os lados inverteram, muitos esperavam que a VKS iria finalizar rapidamente o mapa. Depois de três pontos seguidos, a certeza de um stomp em cima da TropiCaos estava muito perto de acontecer. Contudo, a realidade foi totalmente outra. Com uma defesa absurda, a TropiCaos conseguiu segurar a VKS e empatou o mapa.
No overtime, a equipe da TropiCaos até chegou a ficar na frente, mas foi apenas em um momento. Logo em seguida, a VKS conseguiu se encaixar e finalizou o mapa por 15-13.
Durante a Ascent, vimos o mesmo padrão acontecendo, com os times dominando um lado do jogo. Começando no ataque, a VKS impôs um jogo bem forte, conseguindo finalizar a primeira metade por 9-3.
Na virada de lados, a TropiCaos começou a esboçar um retorno forte, tentando repetir os feitos do primeiro mapa. Depois de 4 pontos seguidos, a VKS começou a voltar a aparecer no jogo. No fim, a Vivo Keyd Stars finalizou a partida por 13-10 e avançou de etapa, para a final da chave inferior.
O MVP da série foi para o liazzi, que conseguiu se destacar imensamente na partida, ultrapassando bem os seus aliados. Cortezia, da TropiCaos, também merece um destaque. Mesmo perdendo, o jogador conseguiu ter uma pontuação média de combate de 270, seis pontos a menos que o liazzi, da VKS.
“Para ser bem sincero, nós não estamos administrando nenhum cansaço”
Koy, técnico da VKS, conversando com a sua equipe – Fonte: Divulgação/VALORANT Esports Brasil
Ao fim da partida, Koy, técnico da VKS, foi para a imprensa, conversar sobre a partida e a jornada da equipe. A Vivo Keyd Stars está sendo um dos times que vem jogando dia após dia, sem nenhum descanso. Isso acaba acarretando uma série de estresses, físicos e psicológicos nos jogadores. Koy, falou como está sendo administrar todo esse cansaço.
“Para ser bem sincero, nós não estamos administrando nenhum cansaço. Está realmente bem sofrido essa rotina. Estamos jogando desde o primeiro dia dos playoffs, sem ter nenhuma pausa. Para se ter uma noção, nós chegamos no office, tiramos uma pequena pausa e logo depois já fazemos a vod review. É cansativo, mas nós gostamos disso, vivemos feliz em poder estar jogando.”
Ainda sobre o assunto do cansaço e estresse, por jogar dias seguidos, existe um outro ponto na discussão – se manter sempre ativo. Ao jogar por tantos dias seguidos, faz com que os jogadores sempre permaneçam ativos. Isso acaba deixando a mira mais encaixada, além de quebrar aquela barreira de estar em um jogo dentro do palco.
“Sem sombra de dúvidas, essa sequência de jogos seguidos é boa, não só para nos manter com a mira aquecida, mas também para o time evoluir em si. Apesar de não termos muito tempo para corrigir os nossos erros, nós estamos sempre testando e aplicando coisas novas. Além disso, o fato de estarmos a tantos dias nesse ritmo acelerado, acaba que a gente absorve esse clima. Resumindo, são dois lados da mesma moeda, nem se pode dizer que é um lado ruim e o outro bom, é o que temos e estamos felizes.”
Durante a carreira do treinador, ele sempre teve ao seu dispor excelentes jogadores. Agora, pela nova VKS, além de novos nomes, ele conta com um corpo técnico bem reforçado e poderoso. Koy contou um pouco como está sendo essa experiência, tendo um treinador auxiliar (MARLOW) e o analista (bieLzera).
“Vou ter que confessar uma coisa, eu não esperava que trabalhar com mais um coach e um analista seria tão bom. A visão que o MARLOW tem, dentro e fora do jogo, somado com a inteligência do bieLzera, só tem ajudado. Sobre os jogadores, é aquele velho esquema. Quando chegam jogadores novos, acontece o período de adaptação. Nós temos que nos moldar, para saber trabalhar em conjunto. Estamos aprendendo muita coisa, ainda faltam alguns detalhes. Estou adorando trabalhar com eles.”
“Nós somos um time muito resiliente”
Panique, técnico da TropiCaos – Fonte: Divulgação/VALORANT Esports Brasil
Mesmo após a derrota, o técnico da TropiCaos, panique, foi para imprensa, conversar sobre a partida. A equipe acabou sofrendo uma derrota amarga, pois estavam perto de conseguir vencer um mapa algumas vezes. Panique conversou sobre os pontos que faltaram para que a TropiCaos pudesse sair com uma vitória ou até mesmo conseguir um mapa.
“Cometemos alguns erros bobos, que custaram muito caro. Na Haven, sofremos uma série de clutchs, que acabaram impactando o mapa. E acaba que o ditado do VALORANT se torna ainda mais verdadeiro – time que ganha clutch, ganha o mapa.”
O cansaço, para os times que vieram desde a fase inicial, como é o caso da TropiCaos, foi algo que pode ser notado durante a série. O treinador contou um pouco dos impactos de ter jogado tantos jogos seguidos na equipe, durante a série.
“Foi muito impactante essa rotina. Assim como a VKS, nós estávamos nessa rotina pesada desde o início, mas com uma diferença. A Keyd fica aqui em São Paulo e a gente, da TropiCaos, temos que voltar para Sorocaba. Vou até deixar um alerta para a Riot, esse formato ficou bem esquisito. O time que ganhou no primeiro dia teve que jogar logo em seguida. Seu único “benefício” é na vantagem de vetos.”
Infelizmente, a jornada da TropiCaos se encerrou, nesta fase do VCT BR. Panique citou alguns pontos que ele tirou como lição ao longo de toda essa jornada.
“Nós somos um time muito resiliente. Inclusive, dizem por aí que a TropiCaos é o time da virada. Mas espero que, para o ano que vem, eu não precise ficar buscando tanto jogo. Vamos buscar iniciar com a vantagem e administrar ela.”
The Union x RED Canids – A primeira finalista do VCT BR, a resiliente The Union
Equipe da The Union, durante a preparação da partida – Fonte: Divulgação/VALORANT Esports Brasil
Para finalizar o dia, a grande partida valendo vaga para a Grande Final. As duas primeiras colocadas, The Union e RED Canids fizeram uma partida extremamente emocionante, com direito a tudo. Com um placar de 2-1, a The Union conseguiu se classificar, aguardando o seu oponente na Grande Final.
Durante a Lotus, vimos a The Union conseguindo ditar bem as regras do jogo. No lado da defesa, eles conseguiram emplacar quatro rounds, interrompidos rapidamente pelo RED, para que depois, conseguissem fazer mais quatro rounds. No fim, a The Union finalizou a primeira metade por 8-4.
Na troca de lados, a RED até conseguiu esboçar uma reação, vencendo os dois primeiros rounds. Contudo, a diferença de placar acabou se mostrando impactante, fazendo com que a The Union finalizasse o mapa por 13-7.
Já na Fracture, foi a vez da Matilha. Mesmo com a primeira metade controlada, por ambas as equipes. a RED Canids conseguiu colocar o seu ritmo dentro do jogo. A The Union conseguiu responder e fez com que o mapa finalizasse por 6-6.
Quando os lados viraram, a defesa da RED Canids acabou se sobressaindo mais. Depois do empate de 9-9, a defesa não parou de pontuar. Com isso, a Matilha fecha o mapa, por 13-9 e empata a série.
No final, chegou a vez de Pearl, o mapa que entregou um grandioso jogo. Na primeira metade, começou com os dois times buscando round a round. A RED Canids chegou a ficar na frente, por 6-3, mas a The Union correu atrás e empatou a série.
Na troca de lados, a Matilha, rapidamente, chegou a fazer o seu 11º ponto, ficando bem perto da vitória. Contudo, foi exatamente nesse momento que começou a ascensão da The Union. A equipe foi conquistando ponto a ponto, com uma série de defesas fenomenais. No fim, a equipe finalizou o mapa por 13-11, se classificando para a Grande Final.
O MVP da série foi para o pancc, jogando de Viper, Killjoy e Cypher. Sua flexibilidade e mira foi crucial para a vitória da equipe. Vale a pena ressaltar a performance do duelista da RED Canids, Leozin. O jogador fez uma excelente partida, conseguindo 16 primeiros abates.
“Se você nunca passou por essa situação, não vai saber o que fazer e como lidar”
pancc, jogador da The Union, comemorando um round – Fonte: Divulgação/VALORANT Esports Brasil
Ao fim do jogo, o MVP da série, pancc, teve um bate papo com a imprensa, falando um pouco sobre a partida. Na primeira pergunta, pancc falou sobre o que passou na cabeça dele e da equipe, durante o último mapa. Eles estavam em desvantagem, mas viraram e saíram com a vitória, logo em seguida.
“Sobre o sentimento, que estávamos sentindo, naquele momento onde a gente estava perdendo, vai muito do mental da equipe. A experiência, não só no VALORANT, conta muito. Se você nunca passou por essa situação, não vai saber o que fazer e como lidar com isso. Nós pedimos um pause, conversamos bem, alinhamos as nossas ideias e pensamos no que poderíamos fazer, para counterar os nossos adversários.
Se for reparar no jogo, depois do pause nós começamos a emplacar mais o nosso jogo. O pause foi muito importante, para setar o nosso mental. Percebemos que eles estavam jogando bem parecidos com a LOUD e foi algo que já treinamos em como jogar contra. Conversamos que não poderíamos fazer com que o Harbor ganhasse espaço, pois iria trazer problemas. Quando notamos isso e executamos bem o nosso plano, a vitória veio.”
Um dos jogadores da The Union, o raafa, disse em outra coletiva, o quanto ele sentia que a equipe era forte. Por ter jogadores experientes e que possuem um longo histórico, dentro e fora do VALROANT, a confiança dele só aumentava. Pancc disse um pouco sobre essa percepção também.
“Uma boa parte da equipe está junta desde 2018. Ou seja, são 5 anos de jornada, sabendo como que jogamos e compreendendo as necessidades um do outro. Isso acabou criando uma confiança em nossos objetivos. Mais além disso, nós temos bem definido onde queremos chegar com o nosso time.
O time em si está junto há quase um ano. Passamos por muita coisa, antes mesmo de virar The Union. Não ficamos mudando muito a nossa base, sabíamos que precisávamos de tempo. Tudo isso junto, acaba sendo crucial para um time que deseja ser vencedor.”